domingo, 10 de junho de 2007

A gente costumava ir para o centro, sentar por ali só por sentar.
Jogar conversa fora.
Eu deitada no colo dela, o mundo girando, as estrelas ali, jogadas pra quem quisesse vê-las.
E eu achando que o amor era bobagem, nem existia, dava pra fujir facinho.
"Não gosto dela, só tô ficando."

E aquela vontade imensa de sair só pra ver ela, sentar ali só por sentar com ela, deitar no colo dela só por deitar e pronto.
Pra tentar lembrar do perfume que ela insiste em não dizer o nome.
Eu que achava que o amor é instantâneo, me perco construindo isso tudo.
Ela cada vez mais perto, cada vez mais necessária, cada vez mais um rosto conhecido que me acalma.
E cada vez tudo tem menos sentido, cada vez tudo vira ela, ela, ela... e eu não sei mais como falar disso, me expressar de algum modo.
Tudo vira a mesma coisa, no final.
Desconcerto.

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